sábado, 29 de outubro de 2011

A Máquina.

As vezes eu queria ser uma máquina.
Queria ser padronizado, sistematizado.
Queria ser livre de erros.
Eu não queria ser humano, não agora.
Seres humanos têm escolhas e sentimentos, e sentem o peso de suas ações.
Máquinas só cumprem suas tarefas e só sentem o óleo deslizando por suas engrenagens.
Humanos expelem lágrimas de tristeza. Para as máquinas, só restam a graxa impregnada no metal.
Mas há uma coisa que as máquinas e os humanos têm em comum:
ambos são usados por outros humanos.
Sempre que eu chego à essa conclusão, meu lado humano desperta
e eu desisto de ser uma máquina. Ao menos por enquanto.

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